Friday, January 05, 2007

De caso com Franz Ferdinand

À primeira vista não houve quase afinidade alguma com esta banda formada por quatro escoceses aparentemente bem comportados e bem penteados, que diziam tocar rock para as meninas dançarem.

Há muito tempo um amigo meu, que morou em Londres, falava sobre esta banda, que ele dizia adorar e sobre a qual passava horas contando sobre o show deles que teve a oportunidade de ver na gringolândia. Mesmo assim, nunca me interessava muito. Tudo bem, “Take me Out” até atraia minha atenção para frente da TV, quando despejava seus primeiros acordes. Eu pensava comigo: será a nova dos Strokes?

De fato é bem inspirado na banda americana, mas agora, vendo com outros olhos, ou melhor, ouvindo com outros ouvidos, tem seu estilo próprio. A verdade é que os Strokes inauguraram uma nova geração do rock e tudo o que surge desde então provoca dúvidas.

Mas eu também sei admitir quando estou errada ou quando fiz mau juízo de algo que está tentando propor novos caminhos. Para mim, o Franz é sim inspirado – ou parecido – com muitas coisas, contudo, é também cheio de personalidade e ousadia, de fato, uma ótima banda. Talvez, só um pouco exagerada no quesito “fofa”.

O que quero dizer, enfim, é que nesta semana estou um tanto quanto apaixonada pelas músicas da banda. Bem naquela fase romântica, em que não se enjoa, não se desagrada, tudo é lindo, muito legal e por isso tenho ouvido constantemente e compulsivamente. Não sei se isso também acontece com você, mas eu tenho fases para ouvir cada música. Quando não encontro o som do momento, chego a trocar de álbuns três ou quatro vezes até encontrar a batida apropriada.

Voltando ao FF, alguém já te emprestou uma frase melhor que: “I love the sound of you walking away” para mandar uma pessoa embora de vez da sua vida? Para mim é perfeita! Calma, não estou com raiva de ninguém, ok?

Ou então, “Well I wasn’t down, I just wasn’t smiling at you”, quando alguém fica te aporrinhando para saber o que está acontecendo ou simplesmente não quer enxergar.

São músicas cheias de citações perdidas e sentimentos confusos, que carregam, porém, ótimas comparações, insultos inteligentes e frases que parecem sempre dar uma piscadela para gente. Espera aí, mas quem disse que precisa fazer algum sentido? Eddier Vedder sempre afirma que as canções do Pearl Jam não dizem absolutamente nada!

É isso. Estou na minha semana Franz Ferdinand e se bobear eu até ligo o som de casa e danço sozinha, tá?! E daí?

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