Monday, June 16, 2008


Todos os olhos para Joy Division

Faz sentido a estratégia mercadológica da banda New Order e da viúva de Ian Curtis, Deborah Curtis, de lançar na mesma temporada dois filmes sobre a tragetória da banda pós-punk que nasceu em Manchester, até o suicídio de seu vocalista e, até então, letrista. Não só financeiramente, mas conceitualmente também.

Por apresentarem duas versões diferentes para os fatos que marcaram o início da banda - que inventou uma nova fórmula pro rock para uma geração que mal poderia esperar mais revolução musical depois de Iggy Pop, Velvet Underground, David Bowie, Ramones, The Clash e Television - os fãs são totalmente levados a assistir "Control" e "Joy Division".

E nessa ordem funciona melhor. O primeiro é uma ficção baseada na interpretação de Deborah, que se casou com Curtis, o acompanhou desde o início da banda e até mesmo permitiu que Ian penhorasse os móveis da casa para a gravação do primeiro disco "Unknown Pleasures". Através do filme dirigido pelo fotógrafo que fez as imagens mais famosas do grupo, Anton Corbjin,´é possível entender a seqüência dos fatos e o que foi cada pessoa naquele momento.

Já o segundo, é um documentário coordenado por Bernard Sumner e Peter Hook, composto de entrevistas com empresários, amigos e a própria Deborah, além de gravações e uma explicação sobre o que significou o Joy Division para a Manchester pós-guerra.

Um não vive sem o outro e, por isso, os grandes fãs dessa banda ducaralho devem assistir os dois. Vale também para entender mais sobre os rumos que a música tomou depois do New Order.

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