Monday, January 28, 2008


Pinacoteca do Estado


Sempre que com tempo, vale a pena passar por ali e, ao mesmo tempo, contemplar o lindo prédio da Pinacoteca do Estado e seus Brecherets, a imponente Estação da Luz e o agradável Parque da Luz. Até o dia 30 (quarta-feira) pode ser conferida a bela exposição de fotos "Vão das Almas", de Renan Cepeda; até 16 de março estará lá a mostra "Tarsila Viajante", com as principais obras da querida artista brasileira; e também a "Coleção Brasiliana", com importantes obras do século XIX, que foram doadas ao acervo da Pinacoteca, até Outubro deste ano. Além, é claro de muitas outras e o próprio acervo, que é de babar.
Vale o ingresso


Não sei se eu fui uma criança muito infantil (desculpem a redudância necessária) ou as de hoje são infinitamente mais espertas e descoladas que as da minha geração. Pare, pense, lembre e veja se concorda.

É o que tenho reparado freqüentemente, ouvindo ou presenciando histórias dos filhos de amigos e colegas de trabalho. Tem sempre alguém contando alguma bizarrice ou "adultice" de uma criança "sem idade para isso ou aquilo".

E é exatamente esse aspecto que me chamou atenção em "Juno", lançamento de Jason Reitman, nos cinemas desde o último fim de semana. Sensível, gracioso e bem produzido, o filme conta a história de uma adolescente surpreendida por uma gravidez sequer imaginada, muito menos planejada, e sua decisão madura (e bem inusitada) para o tal problema.

Aos 16 anos, a fofa e esperta personagem Juno (Ellen Page, de "X-Man: O Confronto"), só pensava em rock, amigos e um pouquinho de sacanagem, como todo teen. Até que uma bobeada com o seu amigo, depois namorado, resulta numa gravidez praticamente impossível de ser aceita. Até aí, nada muito diferente das histórias que conhecemos na vida real.

Mas o que diferencia Juno das meninas despreparadas e desinformadas de sua idade foi a decisão de ter o bebê e oferecê-lo a um casal que não conseguia ter filhos. Apesar de estranha, a escolha dela deveria ser a mesma de outras garotas que não querem ter filhos ou não podem criá-los e acabam abortando e - até pior - abandonando ou maltratando os indefesos pequeninos.

Não acho difícil que outras garotas na mesma situação tentem fazer o que o filme propõe, mas estou certa de que a educação e religião puritana que nos cerceiam não aprovariam um ato tão chocante. Consideram mais digno ver garotas em clínicas clandestinas e bebês deixados em sarjetas e lixeiras para que, com sorte, sejam encontrados por boas almas.

Paulie Bleeker (Michael Cera, de "Confissões de Uma Mente Perigosa") é o (ir)responsável pelo acidente e é mantido longe de todas as decisões tomadas por Juno, uma forma talvez um pouco injusta de mostrar a imaturidade e o despreparo dos homens para situações complexas como a contada. Mas meigo, apaixonado e um tanto nerds, Bleeker tenta apoiá-la (mesmo que pouco convincente).

O diretor Jason Reitman ("Obrigado por Fumar") arrebenta mais uma vez, agora com um assunto delicado, tratado de forma tão desmitificada para uma geração que não deve (ou não deveria) ser mais como a de nossos avós. Vendo o filme, é possível perceber o cuidado dele com o tema, com o texto inteligente e divertido, com cada ator que escolheu e com a trilha sonora também. Um filme de quem gosta de (e sabe) contar histórias e para quem aprecia assistí-las.

Thursday, January 24, 2008


Big City Sucks


Definitivamente, São Paulo não é só cinza. Ela é dar cor de todos aqueles que viram aqui uma oportunidade de crescer, conquistar, produzir e sonhar. E também de dançar as melhores músicas, assistir a qualquer filme, apreciar belas obras, conhecer qualquer lugar, por mais distante que seja. Democrática, polêmica, crescente, deprimente, contraditória, pulsante, chuvosa, brilhante. E menos cinza. Parabéns à cidade querida e cada vez mais minha.




Monday, January 14, 2008

Of Montreal, From London, From USA

Essa dica é da frienda correspondente em Londres, que também adora um barulhinho novo (com um pouco de bizarrice também, né, Ste?). O som é um desafino divertido, meio indie pop, mas o clipe é puro ácido.

O nome da banda americana é Of Montreal e a música que não deixou minha amiga (uma dançarinha frenética profissional) é "Heimdalsgate Like A Promethean Curse" e está no oitavo disco do grupo da Georgia. E no mesmo lugar onde vemos esse vídeo tem muito outros bacanas (incluindo covers de Bowie e Gnarls Barkley). Adorei também a "Suffer for Fashion". So, let's dance!!

Thursday, January 03, 2008

Nem aborígene, nem canguru


Diretamente de Sydney, é que minha amiga Carina me trouxe o melhor souvenir que já ganhei: o CD de uma nova e promissora banda, ou melhor, dupla.

Angus and Julia Stone são dois talentosos irmãos que estão causando na terra dos cangurus e aborígenes. Ozzys de uma família toda de músicos, os dois acabaram de lançar o primeiro álbum, "A Book Like This", depois de quase dois anos de muito treino. Nesse tempo, eles lançaram dois EPs e mostraram seu trabalho por toda a Austrália e Inglaterra. A última viagem, inclusive, lhes rendeu o convite para produzir com a mesma gravadora do The Verve e Richard Ashcroft.

Tocando violão e gaita, ambos se revezam nos vocais, com vozes completamente diferentes, porém, fortes e complementares. Delícia. Julia lembra o charme e o sobe e desce da Bjork e Angus nos faz pensar em Kings Of Convenience e sua bossa americana animadinha. Isso fica bem nítido na faixa inicial, The Beast.

Na terra do nosso amado e respeitado AC/DC, a banda continua excursionando e levando ao público outras belas canções, como Wasted, A Book Like This e Here We Go Again. Quem não tiver a mesma sorte que eu, pode encontrar algum material da banda no Youtube, como trechos de entrevistas e apresentações. Segundo a Carina, o pessoal lá por aquelas bandas adora os quase pocket-shows que eles fazem por lá! Sendo assim, vale a escapadinha para conferir e esperar o CD (cuja arte é esta linda que você está vendo) atravessar o oceano.